segunda-feira, 22 de agosto de 2011

" A comida da alma"

Os alimentos proporcionam cinco sensações gustativas : doce, amargo, azedo, salgado e umami ( naturalmente encontrado em alimentos ricos em proteínas). Todas essas sensações colaboram no consumo proporcional dos nutrientes.
Os gostos e as sensações, relacionados com o prazer, agrado e desagrado estão  
"armazenados" em locais específicos do cérebro.
A "comida da alma" é a alimentação que nos remete à infância, às boas lembranças e que provoca sensações e emoções, é aquela feita com simplicidade, alimentos naturais e muito carinho. É o bolinho de chuva da mãe, o picadinho da vó, o pudim de leite da tia...
Porém como qualquer outro alimento, "A comida da alma", deve ser consumida com moderação, se aliada a uma alimentação variada e equilibrada, pode oferecer mais qualidade de vida, evitando assim o  consumo de fast-food e produtos industrializados.

"...Comida da alma é aquela que consola, que escorre garganta abaixo, quase sem precisar ser mastigada, na hora de dor, depressão, de tristeza pequena.
Dá segurança, enche o estomago, conforta a alma, lembra a infância e o costume. É a canja de de mãe judia, panaceia sagrada a resolver problemas de náusea existencial. O cabelo de anjo cozido mole e passado na manteiga. O caldo de galinha gelatinoso, tomado às colheradas. São as sopas. O leite quente com canela, o arroz doce, os ovos nevados, a banana cozida na casca , as gelatinas; o pudim de leite.
Comida da alma tem que ser neutra. Sorvete é comida da alma ? Não é. Tem um pique gelado que a tristeza não suporta. A temperatura deve estar entre ambiente e morna. Chocolate vale ? Não, nem pensar. É sexy, sedutor, pressupõe prazer e culpa. Tudo tem de ser especial na comida da alma..."
Nina Horta



Referências: 

- Revista Prazeres da mesa. Agosto, 2004;
- Slow Food. Acesso em: http://www.slowfood.com/;
- Não é sopa. Crônicas e receitas de comida. Nina Horta. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 


Faça com amor...







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